Fazendo o que é certo...

Desde bem pequenos aprendemos determinadas padrões para a nossa vida, inclusive o padrão de certo e errado. Ao longo da vida percebemos o quanto esses padrões podem se tornar relativos, devido  às circunstâncias que mudam todo o tempo.

Lendo a Palavra de Deus no evangelho segundo João capítulo 8, que fala da mulher que foi levada a Jesus por ter sido pega em ato de adultério, nos damos conta que essa passagem muito conhecida por diversas pregações sempre nos faz analisar nosso conceito de justiça, na verdade uma justiça muito “flexível”. Fazemos esse tipo de julgamento todo o tempo, quando escolhemos atravessar a rua para não estar na mesma calçada que um mendigo, por exemplo, assumimos conscientemente que a condição social daquele indivíduo destoa totalmente da nossa, então o distanciamos de alguma forma, nesse caso desviando do trajeto, em alguns metros.

Quando amadurecemos como filhos de Deus entendemos um pouco da percepção de Jesus naquele evento, sendo homem e Deus, demonstrava amor sem fim, na verdade uma compreensão coberta por uma espessa camada de amor, sabendo que nós enquanto homens, erramos, mas existe um ponto de reconciliação que é o arrependimento.

E nós hoje vivemos cercados não só por pessoas, mas convivemos diretamente com nossos erros, então o que verei primeiro? Meu erro, ou o daquele que está ao meu lado? A lógica nos induz a responder que primeiro nossos erros serão percebidos, entretanto, na prática, ele muitas vezes é o último que nos damos conta. Assim como fez o servo do Senhor, Davi  em 2 Samuel capítulo 12, ele julgou um ato de leviandade com exímia firmeza, mas seu próprio pecado estava adormecido.

Não somos merecedores do amor do nosso Pai, mas mesmo assim Ele nos amou e nos ama, não podemos ser diferentes Dele, afinal, filhos se parecem com seus pais. Então compreender aqueles que ainda não tiveram seus olhos espirituais descobertos é a alavanca que nos moverá em direção à vontade de Deus.

Essa compreensão não é exclusiva para aqueles que não usufruem da mesma fé que nós, provavelmente a utilizaremos mais com nossos irmãos em Cristo, aqueles que em outros tempos, queríamos distanciar de nosso convívio para uma comodidade peculiar.

Nosso posicionamento será executar o amor de Deus revelado em Jesus através do nosso corrido dia-a-dia, nas mais complexas, ou até mesmo nas mais simples atitudes.  

Escrito por Luciana Almeida